MATÉRIA JUICY SANTOS

Texto por: Juicy Santos

Isabela Dainesi cresceu entre rádios, baterias e comunicadores na casa onde seus pais iniciaram a Motoradio. Como acontece na maioria das empresas familiares, ela herdou deles o amor pela radiocomunicação. E parece que seu destino fez a conexão certa entre o coração e o rádio.

Desde 2021, a moça de cabelos longos e voz calma dirige a empresa que faz locação, venda, manutenção e projetos de comunicação por meio de rádios. O nome Motoradio virou referência na Baixada Santista por unir tecnologia, segurança e comunicação. Uma das maiores conquistas da marca é a obtenção do selo Platinum da Motorola Solutions – a única revenda com essa certificação na Baixada Santista.

Aos 29 anos e mãe de um bebê nascido em 2022, Isabela passou por faculdade, outros empregos, intercâmbio e pós-graduação antes de assumir a Motoradio e liderar um time de 13 pessoas, sendo metade delas mulheres.

E isso nos orgulha demais: contar a história de uma mulher jovem envolvida com tecnologia e inovação.

A história da Motoradio começa em 1992, na telefonia rural e se mistura também com a evolução tecnológica do Brasil. Imagine que, nos anos 1990, muitos lugares nos confins do país tinham pouco ou nenhum acesso a comunicação rápida e eficaz. Com os radiocomunicadores, se tornou possível levar esse benefício para esses territórios. E foi exatamente enxergando esse potencial que a família de Isabela iniciou o negócio especializado em rádios para comunicação.

Parecia óbvio que, depois da popularização do celular, o rádio tivesse um fim doloroso. Mas não foi isso que aconteceu. Pelo contrário, ele está mais vivo do que nunca. Pensa só: como se comunicar hoje em locais remotos, sem sinal de telefone? Também não é um software ou um app como Whatsapp ou Telegram que resolve.

Estamos falando de shoppings, galpões, estádios, subsolos, hospitais, sets de filmes, eventos e até mesmo porões de navios! Nesses espaços, vale lembrar que a internet é limitada também.

Segundo Isabela, isso acontece não só por conta da longitude, mas também pelo chamado “embarreiramento”. São os obstáculos físicos que dificultam a comunicação entre as pessoas nessas operações. E, diferentemente do telefone, o rádiocomunicador não depende de sinal de celular. Ele funciona por meio de ondas de rádio, que podem viajar longas distâncias.

A resposta é simples: rádiocomunicador. Na floresta, no agro ou até em alto mar, tem lugares que só o rádio alcança.

Este texto incrível sobre a história da Motoradio Telecom em Santos é obra do Juicy Santos!

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